quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

C***, eu sou o Bingo, P***












Por Ana Lucia Venerando


O que falar de Bingo – o Rei das Manhãs? Vladimir Brichta está fantástico ao interpretar Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo – atração matinal do SBT durante os anos 80. Primeiro filme de Daniel Rezende como diretor.

Sem ser piegas, o filme conta a história de Barreto. Desde sua busca por conseguir um espaço na principal emissora de TV do país e ser recusado, passando por sua ascensão como Bozo, culminando no fim de sua carreira.

Barreto alcanço a fama graças ao personagem, apesar de jamais se reconhecido pelas pessoas e nunca poder contar que era ele quem interpretava o palhaço. Esta frustração o levou a se envolver com drogas. Além de problemas de relacionamento com seu único filho Gabriel Mendes (Cauã Martins).

Vale também pela trilha sonora. Outra surpresa boa é referência a Gretchen, interpretada por Emanuelle Araújo. Em um certo momento, Bingo defendeu que o programa pedia um pouco mais de “pimenta”. E quem ele leva para o programa infantil? Gretchen – rsrsrs.

Claro que por questões de direitos autorais com o palhaço original, nomes foram mudados. O Bozo virou Bingo, Arlindo virou Augusto (Gretchen continuou sendo Gretchen!). E, ainda bem, Bingo: O Rei das Manhãs virou mais do que apenas um capítulo da TV brasileira. O filme é um resgate do que foram os anos 1980. Uma máquina do tempo que logo no começo diz ao que veio – quando a personagem de Brichta anda pelas ruas de São Paulo ao som de “Humanos”, música da banda Tokio, de Supla.


Ficha Técnica:

Nome Original: Bingo: O rei das manhãs

Ano de lançamento: 2017

Diretor: Daniel Rezende

Duração:1h53

Roteiro: Luiz Bolognesi

Gênero: Biografia/Drama

Origem: Brasil