
Por Ana Lucia Venerando
Uma linda e preciosa declaração de amor à sétima arte. Para mim esta é a melhor definição de A Invenção de Hugo Cabret. Uma poesia, dirigida por Martin Scorsese. Sim. Ao contrário, dos também ótimos Os Infiltrados, Táxi Driver e Cabo do Medo, desta vez o diretor deixa de lado a violência e loucura inerente ao ser humano e presenteia o público com uma linda homenagem ao cinema.
Na primeira cena do filme, o efeito 3D (fantástico neste filme) já nos leva para dentro da estação ferroviária, localizada em Paris. É lá que mora o jovem órfão Hugo Cabret (Asa Butterfile). Sozinho no mundo (seu pai foi morto em um incêndio no museu e o tio é um beberrão ausente e canastrão que o abandonou à própria sorte).
Enquanto seu pai (Jude Law) ainda era vivo, Hugo aprendeu com ele o ofício de relojoeiro. Trabalhando em um museu, seu pai encontra um autômato quebrado e passa horas com o filho tentando consertá-lo até que o terrível incêndio interrompe a tranquila vida dos dois. O tio de Hugo o leva para morar na estação de trem onde joga nas mãos do garoto a responsabilidade de manter funcionando todos os relógios do local. Hugo passa o dias executando esta tarefa e tentando consertar o autômato com a certeza de que encontrará uma mensagem deixada pelo seu pai. Porém, ainda faltam muitas peças para seu pleno funcionamento.
A solução encontrada por Hugo é roubar sorrateiramente pequenas engrenagens da loja de brinquedos de corda localiza da dentro da estação ferroviária. Logo, o dono da loja, Papa George (Ben Kingsley) descobre as artimanhas do garoto. Ele também descobre que o menino tem em seu poder um caderno de anotações com desenhos e dicas de funcionamento do autômato. Perplexo com a descoberta, George retém o caderno em seu poder. Recuperá-lo é questão de vida e morte para Hugo que nesta empreitada conhece a jovem Isabelle (Chloë Moretz), adotada por George e sua esposa após a morte de seus pais. A partir daí, a história se desenrola como um delicioso conto de Charles Dickens.
Afinal, o filme não é somente uma homenagem ao cinema. Também faz sua merecida reverência à literatura pois a personagem de Isabelle é fascinada por livros, que tanto deram origem a ótimos roteiros de filmes (como o próprio Hugo).
Ótima participação de Cristopher Lee. Sim, aquele que assustou durante anos o público com sua capa preta de vampiro, agora é um gentil bibliotecário. Também fantástica participação de Sacha Baron Cohen como o hilário inspetor da estação e seu fiel cão Maximillian.
Após várias aventuras, Hugo e Isabelle descobrem que Papa George é ninguém menos que o cineasta Georges Méliès, o diretor, produtor, roteirista e ator de Viagem à Lua (1902) e também inventor de autômatos.
Uma linda e preciosa declaração de amor à sétima arte. Para mim esta é a melhor definição de A Invenção de Hugo Cabret. Uma poesia, dirigida por Martin Scorsese. Sim. Ao contrário, dos também ótimos Os Infiltrados, Táxi Driver e Cabo do Medo, desta vez o diretor deixa de lado a violência e loucura inerente ao ser humano e presenteia o público com uma linda homenagem ao cinema.
Na primeira cena do filme, o efeito 3D (fantástico neste filme) já nos leva para dentro da estação ferroviária, localizada em Paris. É lá que mora o jovem órfão Hugo Cabret (Asa Butterfile). Sozinho no mundo (seu pai foi morto em um incêndio no museu e o tio é um beberrão ausente e canastrão que o abandonou à própria sorte).
Enquanto seu pai (Jude Law) ainda era vivo, Hugo aprendeu com ele o ofício de relojoeiro. Trabalhando em um museu, seu pai encontra um autômato quebrado e passa horas com o filho tentando consertá-lo até que o terrível incêndio interrompe a tranquila vida dos dois. O tio de Hugo o leva para morar na estação de trem onde joga nas mãos do garoto a responsabilidade de manter funcionando todos os relógios do local. Hugo passa o dias executando esta tarefa e tentando consertar o autômato com a certeza de que encontrará uma mensagem deixada pelo seu pai. Porém, ainda faltam muitas peças para seu pleno funcionamento.
A solução encontrada por Hugo é roubar sorrateiramente pequenas engrenagens da loja de brinquedos de corda localiza da dentro da estação ferroviária. Logo, o dono da loja, Papa George (Ben Kingsley) descobre as artimanhas do garoto. Ele também descobre que o menino tem em seu poder um caderno de anotações com desenhos e dicas de funcionamento do autômato. Perplexo com a descoberta, George retém o caderno em seu poder. Recuperá-lo é questão de vida e morte para Hugo que nesta empreitada conhece a jovem Isabelle (Chloë Moretz), adotada por George e sua esposa após a morte de seus pais. A partir daí, a história se desenrola como um delicioso conto de Charles Dickens.
Afinal, o filme não é somente uma homenagem ao cinema. Também faz sua merecida reverência à literatura pois a personagem de Isabelle é fascinada por livros, que tanto deram origem a ótimos roteiros de filmes (como o próprio Hugo).
Ótima participação de Cristopher Lee. Sim, aquele que assustou durante anos o público com sua capa preta de vampiro, agora é um gentil bibliotecário. Também fantástica participação de Sacha Baron Cohen como o hilário inspetor da estação e seu fiel cão Maximillian.
Após várias aventuras, Hugo e Isabelle descobrem que Papa George é ninguém menos que o cineasta Georges Méliès, o diretor, produtor, roteirista e ator de Viagem à Lua (1902) e também inventor de autômatos.

A história não é nenhuma trama cheia de segredos. Mas Scorsese a conduziu como uma obra de arte, sem excesso e sem ser piegas. Usou os efeitos 3D sabiamente. Utilizou com maestria o que há de mais moderno numa ode aos primórdios do cinema com imagens de filmes dos irmão Lumière, do próprio Méliès e de todos aqueles que nos deixaram esta herança maravilhosa e que, infelizmente, raramente são lembrados.
Titulo Original: Hugo
Gênero: Aventura, Drama e Mistério
Duração: 127 min.
Origem: Estados Unidos
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: John Logan e Brian Selznick
Censura: 10 anos
Ano: 2011